"Nosso estado emocional é o resultado do modo como avaliamos e classificamos as situações."

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Para Ballone (2005), “o ser humano normal é dotado de um equipamento psico-biológico suficiente para fazê-lo sentir ansiedade diante de situações específicas e que exigem uma atitude mais incisiva e imediata, entretanto, assim que tal situação se resolve, tudo voltará ao normal fisiologicamente.”

Ainda em Ballone encontramos, que uma forma de ansiedade é a chamada “Ansiedade Generalizada, onde a pessoa está continuadamente desesperada, aflita, assustada e inquieta, sempre achando que alguma coisa de mal vai pode acontecer com ela, com seus filhos...”

Na ansiedade sob a forma de Síndrome do Pânico, a pessoa tem crises onde começa a apresentar um pavor exagerado de passar mal, perder o controle, morrer de repente, não poder ser socorrido, enfim, medo de sofrer alguma coisa grave que se manifesta em determinadas situações. Essas crises normalmente são acompanhadas de palpitação, sudorese e mal-estar, etc. (Ballone, 2005)

A ansiedade também pode se manifestar através de sintomas Obsessivo-compulsivos, quando a pessoa é invadida por pensamentos torturantes, exigentes, absurdos e desagradáveis, conseqüentemente ela repete várias vezes o mesmo ato impulsivamente para tentar aliviar-se dos pensamentos. Como por exemplo nos casos das pessoas que conferem várias vezes se fecharam o gás do fogão, a porta da casa, são pessoas que lavam as mãos várias vezes e continuam achando que as mãos ainda estão sujas, pessoas que se preocupam exageradamente com a simetria das coisas, etc. (Ballone, 2005)

Outras pessoas demonstram a ansiedade através de Fobias. Existem várias formas de fobias, como o medo de lugares fechados, ou o medo de sair de casa e ficar em público,bem como o medo de ser ridicularizado em público) e outras. (Ballone, 2005)

Além dessas formas de ansiedade, a pessoa também pode ter passado por algum sofrimento e continuar sentindo o mesmo mal estar por um tempo maior. Chamamos este tipo de ansiedade de Estresse Pós-traumático, que pode aparecer logo após a pessoa ter sofrido um trauma e persistir até 6 meses depois. Por passar a reviver o trauma repetitivamente, sofre de insônia, apresenta pesadelos, dificuldade para se concentrar, entre outros sintomas. (Ballone, 2005)

O tratamento pode variar conforme o tipo de ansiedade.

Entretanto a Psicoterapia Cognitivo Comportamental segue uma proposta básica.

  1. Diminuir os sintomas para o pacientes readquirir a indispensável sensação de segurança;
  2. Fortalecer a sensibilidade (afetividade) da pessoa para ser capaz de suportar melhor os estresses da vida;
  3. Procurar resolver seus conflitos íntimos;
  4. Lidar com os estressores

Ballone GJ - Tratamento da Ansiedade -in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br, revisto em 2005




Tratamento da Síndrome do Pânico


Compreendendo o Pânico

"O Distúrbio do Pânico habitualmente se inicia depois dos 20 anos, é igualmente prevalente entre homens e mulheres, portanto, em sua maioria, as pessoas que tem o Pânico são jovens ou adultos jovens na faixa etária dos 20 aos 40 anos e se encontram na plenitude da vida profissional. Normalmente são pessoas extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, são perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos."(Ballone, 2005)

No Pânico, de repente a pessoa começa a tremer, é tomada pela tontura, a pressão arterial dispara, o coração bate descompassado. Os sintomas são parecidos com os de um infarto, e, nesse instante, a morte ou a loucura iminentes parecem certas.

Depois da primeira crise, o paciente costuma submeter-se a uma batelada de exames clínicos, o médico verifica que não há nada de errado e, mesmo assim, as crises continuam.

Um dos piores aspectos do Pânico é o "medo de ter medo". Apavorada com a idéia de voltar a sentir os sintomas, a pessoa passa a fugir dos ambientes em que os ataques ocorreram, como se tal atitude pudesse evitá-los.

É por essa razão que tantas vítimas acabam se trancando em casa.

Ironicamente é a vigilância e o medo de sintomas físicos que na realidade causam seu pânico.

É o medo de sentir medo!

A crise de pânico começa com um evento que pode ser interno ou externo.

Eventos externos incluem desafios, situações de estresse ou situações nas quais o indivíduo já teve crise de pânico antes.

Eventos internos são os sintomas físicos que você passou a reconhecer como precursores do pânico.

"Constata-se também que o Pânico ocorre com maior freqüência em algumas famílias, significando haver uma participação importante de fatores hereditários na determinação de quem está sujeito ao distúrbio. Apesar dessa concordância, muitas pessoas desenvolvem este distúrbio sem nenhum antecedente familiar. Vale ressaltar ainda que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc.), podem aumentar a atividade e o medo promovendo alterações químicas que podem levar ao Pânico." (Ballone, 2005)

Para o DSM.IV (Classificação da Associação Norte-Americana de Psiquiatria) a característica essencial de um Ataque de Pânico é um período distinto de intenso medo ou desconforto acompanhado por pelo menos 4 de 13 sintomas físicos citados abaixo.

O ataque tem um início súbito e aumenta rapidamente, atingindo um pico em geral em 10 minutos acompanhado por um sentimento de perigo ou catástrofe iminente e um anseio por escapar.

Os 13 sintomas físicos são os seguintes:

1 - palpitações,
2 - sudorese,
3 - tremores ou abalos,
4 - sensações de falta de ar ou sufocamento,
5 - sensação de asfixia,
6 - dor ou desconforto torácico,
7 - náusea ou desconforto abdominal,
8 - tontura ou vertigem,
9 - sensação de não ser ela(e) mesma(o),
10 - medo de perder o controle ou de "enlouquecer",
11 - medo de morrer,
12 - formigamentos e
13 - calafrios ou ondas de calor.


Os ataques que satisfazem todos os demais critérios mas têm menos de 4 sintomas físicos são chamados de ataques com sintomas limitados.

Os indivíduos que buscam os cuidados médicos para Ataques de Pânico inesperados geralmente descrevem o medo como intenso e relatam que achavam que estavam prestes a morrer, perder o controle, ter um ataque cardíaco ou acidente vascular encefálico ou "enlouquecer". Eles também citam, geralmente, um desejo urgente de fugir de onde quer que o ataque esteja ocorrendo.

A falta de ar é um sintoma comum nos Ataques de Pânico. O rubor facial é comum em Ataques de Pânico ligados a situações relacionadas à ansiedade social e de desempenho.

Fonte:

Andrews G. em “The Treatment of Ansiety Disorders”

Ballone GJ - Síndrome do Pânico - in. PsiqWeb, Internet - disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005.



O tratamento

Terapia Cognitivo Comportamental

É um sistema terapêutico desenvolvido por Aaron Beck e seus colegas para auxiliar pessoas a lidarem com seus sofrimentos emocionais. Este sistema enfatiza que se as pessoas mudam a sua forma de pensar frente às situações, elas podem melhorar a forma como se sentem e conseqüentemente como se comportam no cotidiano.

A proposta de tratamento envolve quatro componentes importantes:

1. Educação sobre a natureza do pânico - Causas e como pode ser controlado;

2. Treinamento do controle da respiração e técnicas de relaxamento - Uma técnica simples para simultaneamente relaxar seu diafragma e diminuir a freqüência respiratória;

3. Reestruturação Cognitiva - Para ajudar a reinterpretar sintomas físicos assustadores e simultaneamente aprender a controlar pensamentos catastróficos.

4. Exposição Gradual - Para expor o indivíduo a suas sensações físicas mais temidas de uma forma segura e controladas, e ao mesmo tempo em que ensina como lidar com elas.


bibliografia indicada:

"A Mente Vencendo o Humor" - Greenberger, Dennis
“The Treatment of Ansiety Disorders” - Andrews G.

Atenção!
Estes textos não substituem uma consulta ou acompanhamento profissional e não se caracterizam como sendo um atendimento.


Quem somos:

Carmen Doris Reichelt
Psicóloga com Especialização em Neuropsicologia do Comportamento

Felipe Emmel
Massoterapeuta

Andradas 1234, conj 1601 fone: (51) 3228 63 82 POA - RS

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